Da série de 17 conselhos para ser um gestor melhor:
6 – Prego/Negócio que se destaca toma martelada. E sobrevive, believe me.
Não existe autenticidade com unanimidade concomitante. ⠀
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Quando começamos, éramos um grupo de jovens da zona sul carioca, sem formação em moda e completamente fora da panela de mercado. Para além do pré-conceito natural, nós sempre fomos abusados. ⠀
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Nós não entendíamos por que as marcas de moda desfilavam roupas de astronauta e contratavam modelos magérrimos e nórdicos, longe do perfil de seus clientes brasileiros. ⠀
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Fomos convidados para desfilar nas semanas de moda brasileiras e resolvemos fazer diferente.⠀
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Em “Família é o novo cool” trouxemos uma companhia de teatro maravilhosamente diversa para brindar, cantar e dançar ao redor de uma linda mesa de família. ⠀
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Os clientes piraram, mas o mercado obviamente não compreendeu e nós apanhamos MUITO. Diziam que “passarela era lugar de roupa e não de show” e queriam que seguíssemos a boa e velha fórmula para que recebêssemos “boas críticas”. ⠀
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Nos recusamos a não sermos nós mesmos e por isso resolvemos fazer um último show de despedida. 😈😈😈⠀
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Em “MODA, FOQUE!” (Leia rápido:) ), prendemos fantasias compradas em um mercado popular em arcos que saíam das costas dos modelos (Shrek, Homem Aranaha etc). ⠀
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E escrevemos uma carta que deixamos na primeira fila: “Já que vocês querem fantasias ao invés de roupas, podem pegá-las porque nós nos recusamos a desfilá-las.” ⠀
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No fim do show os modelos, ao invés de voltarem ao backstage, saíram da sala de desfiles e do lado de fora colocamos uma bandinha tocando para que eles dançassem com as pessoas que acompanhavam aos shows fora das salas.⠀
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Foi uma explosão de repercussão e, óbvio, críticas da imprensa especializada. Novamente apanhamos daqueles que não aceitavam os que pensavam diferente, mas concomitantemente ganhamos centenas de milhares de seguidores e clientes que com nossas ideias se identificavam. Os rebeldes têm asas. ⠀
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Quando a criatividade fala, uma enorme quantidade de resistência responde, e é a recorrência, e não a desistência, que prova a tese da prosperidade de um negócio ou marca. ⠀
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É preciso ser forte, ter plena consciência do que se é e deseja ser e seguir sendo e fazendo. ⠀
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E danem-se os críticos.